Trabalho de interverão - Análise gráfica e estatística
Censo 2022 e Mudanças Religiosas no Brasil
O Censo 2022 do IBGE revelou mudanças significativas no perfil religioso brasileiro. O número de adeptos da umbanda e candomblé mais que triplicou, passando de 0,3% para 1% da população (525 mil para 1,8 milhão). Já os sem religião subiram de 7,9% para 9,3%, totalizando 16,4 milhões, incluindo ateus, agnósticos e pessoas com espiritualidade não institucionalizada.
Embora ainda predominante, a Igreja Católica perdeu fiéis, mas em ritmo menor: caiu de 65,1% (2010) para 56,7% (2022). O crescimento dos evangélicos desacelerou, apesar de continuarem crescendo. Parte dos "desigrejados" pode estar migrando para outras formas de religiosidade ou se declarando sem religião.
Outras religiosidades cresceram (de 2,7% para 4%), enquanto o espiritismo teve uma leve queda (de 2,2% para 1,8%). A região Norte é a mais evangélica e o Nordeste, o mais católico. Acre e Rondônia são os únicos estados onde os evangélicos superam os católicos.
O Rio Grande do Sul lidera em proporção de adeptos de religiões afro-brasileiras. Os espíritas são o grupo mais instruído, com 48% tendo ensino superior, seguidos por umbandistas/candomblecistas (25,5%). Já os praticantes de tradições indígenas apresentam a maior taxa de analfabetismo (24,6%).
Indígenas são o grupo étnico com maior proporção de evangélicos (32,2%). Entre os católicos, predominam os brancos (45,9%), entre evangélicos, os pardos (49,1%) e entre umbandistas/candomblecistas, os brancos (42,9%).
Referência (ABNT)
BBC News Brasil. Religiões no Brasil: o que o Censo 2022 revela sobre evangélicos, católicos, espiritismo, umbanda, candomblé e o crescimento dos "sem religião". [2024]. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c51nn34lnx8o. Acesso em: 6 jun. 2025.